sexta-feira, 27 de março de 2015

Introdução e Metodologia

Olá, queridos internautas
O grupo Icterus, vem por meio deste fotoblog contar um pouco sobre a nossa saída de campo ao Pantanal Sul Mato-grossense, referente a disciplina de Ecologia de Populações, ministrada pelo professor Dr. Harold Fowler, do curso de Ciências Biológicas da UNESP – Rio Claro. Tentaremos relatar o máximo da viagem, porém grande parte do que vivemos lá é inexplicável. Nossas experiências vividas neste período serão relatadas a partir das anotações presentes nas cadernetas de campo, fotografias e memórias de cada integrante do grupo.

A viagem ocorreu entre os dias 5 a 12 de janeiro saindo de Rio Claro sentido Pantanal dia 5 de janeiro às 5 horas da manhã, chegando às 21h na pousada Pioneiro, no município de Miranda-MS. Na volta, a viagem começou às 5 horas da manhã do dia 12 de janeiro chegando a Rio Claro- SP às 2h.
Entre os dias 5 e 11 de janeiro realizamos saídas de campo em transecto a pé, sendo no último dia, um transecto de chalana por um corixo. Passamos por várias cidades como Campo Grande, Aquidauana, Miranda, Terenos, Piraputanga, e também andamos por entre algumas formações rochosas (Figura 1) que compõem o Pantanal, como Serra do Maracajú, Serra da Bodoquena e Maciço do Urucum, que funcionam como divisores de águas das bacias do Paraná e do Paraguai, proporcionando vistas maravilhosas ao longo dos transectos.

Figura 1: Reunião dos alunos junto aos monitores, para análise geomorfológica dos
relevos presentes durante o transecto motorizado.


Todos os dias saíamos da pousada (aproximadamente 40 zumbis) às 5 da matina e retornávamos por volta das 18 horas. Durante todo esse período seguimos algumas metodologias de campo como transecto motorizado (Figura 2), realizado de ônibus a uma velocidade constante e de chalana no último dia, transecto a pé (Figura 3) em que andamos, em média, 12 km por dia. 

Figura 2: Transecto motorizado.
Figura 3: Uma das estradas pela qual o grupo Icterus realizou o transecto a pé.
Durante os transectos a pé, marcávamos um ponto fixo (Figura 4) a cada uma hora de caminhada. Nestes pontos fazíamos uma pausa de 10 minutos, onde dois integrantes do grupo descreviam a paisagem e os outros dois realizavam a coleta de formigas que obedecia a seguinte metodologia: eram distribuídos 10 tubos de ensaio com um pequeno pedaço de salsicha dentro como isca, 5 tubos de cada lado da estrada, a 10 metros distância entre cada tubo. Após 10 minutos, os tubos eram coletados e fechados com algodão. Ao final do tempo anotávamos as coordenadas e elevação do relevo, horário de início e fim do experimento e a temperatura do solo, esse procedimento se repetia a cada ponto fixo. Tanto no transecto motorizado, como a pé, a cada trecho diferente eram anotadas as coordenadas, a elevação, o horário de início e fim do transecto, a flora e fauna (muitas aves) observada e as condições do tempo. No transecto motorizado também era feita contagem de fauna atropelada ao longo das estradas. Outra metodologia que foi seguida a risca por todos os alunos foi estar presente toda noite no refeitório para comer, comer e comer e repor as energias (a gente merecia).


Figura 4 : Metodologia do ponto fixo do grupo Icterus
É galera, o trabalho foi pesado, mas afinal é a vida de Biólogo. Porém as belíssimas paisagens, e o encontro com vários animais diferentes a cada dia, compensavam todo o cansaço. Fomos acompanhados por dois monitores diferentes a cada dia, e consequentemente ouvimos e vivemos histórias diferentes, mas isso fica pra contar no blog...
Esperamos que vocês gostem de participar um pouco dessa viagem sensacional  que nos possibilitou experimentar (um tequinho) do que é a vida de um Biólogo em Campo.


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